sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Os Cátaros e o Maniqueísmo


Esse é um assunto bem mais escondido do que os assuntos superficiais que a História nos mostra, é mais daqueles eventos escondidos do que como uma Segunda Guerra em si, mas, como muitos contos da Segunda Guerra, é de um evento muito conhecido mas pouco aprofundado (pela internet), falemos hoje sobre um povo esquecido que teve seu fim declarado no auge das Cruzadas, vamos falar hoje sobre os Cátaros e o seu maniqueísmo.


Cruzada Albigiense (1209 - 1244): Esta foi um movimento militar convocado pelo Sumo Pontífice Papa Inocêncio III, com a ajuda da Dinastia Capetiana (dinastia que prevalecia na França), que visava o extermínio do povo Cátaro, um povo adepto de uma religião com bases do cristianismo, mas com raízes heréticas e será uma delas que abordaremos no texto a diante. Há muitas coisas curiosas neste evento, principalmente envolvendo o seu término: O caso mais curioso é quando um grupo de "parfaits" (os padres da religião cátara que eram considerados "perfeitos") fugiu de um castelo onde haviam se refugiado, em pleno cerco dos cruzados, apenas levando documentos (eles fugiram antes, mas com mais segurança e levando apenas dinheiro), as lendas dizem que seriam antigos livros canônicos que a Igreja Católica temia serem descobertos.

O Catarismo: Os Cátaros eram um povo que viviam no sul da França com raízes no antigo cristianismo (não diria o judaísmo antigo, mas uma forma má moldada dos ensinamentos de Cristo) mas com muitos diferenciais, e o principal é o seu maniqueísmo.


Maniqueísmo é uma filosofia teológica que diz que há um conflito entre opostos (as vezes em um mesmo corpo), uma disputa cósmica entre o bem e o mal que possuem a mesma força e poder (logo vemos que não é a ideia cristã de Deus e o Diabo), uma ideia criada pelos persas. Os Cátaros acreditavam na existência de dois deuses supremos, o deus mal, ou Demiurgo, o deus vingativo do Antigo Testamento que não tinha piedade e o Deus bom do Novo Testamento, o deus do amor e do perdão. Essa ideia não fora aprovada pela Igreja que logo organizou um movimento para os destruir. 

Um outro ponto interessante de relevar da doutrina cátara é que eles odiavam a carne, sim, a carne, onde o espírito habita, e eles diziam que tudo que provêm da carne é impuro, logo, negavam Jesus como sendo Deus encarnado como homem ou como filho de Deus, pois no momento que ele se fez carne ele se tornara impuro. Os Cátaros viam Jesus apenas como um homem que guiava os homens para a perfeição (daí vem a questão já citada dos "Parfaits" os líderes religiosos que se aproximava da perfeição, e apenas não chegavam pois eram carne). Esse repúdio a carne era levado tão a sério que os "Parfaits" incentivavam o aborto entre as mães, pois não deveria ter mais carne no mundo.

Os Cátaros foram exterminados definitivamente em 1255, quando a situação se normalizou, mas em 1244 todos os Cátaros que se refugiaram no castelo de Montségur foram queimados vivos e interrogatórios foram feitos com os que viviam na região de Languedoc (centro principal da vila dos Cátaros). Apenas uma curiosidade, a cruzada fora chamada de "Albigiense" pois se iniciara na cidade de Albi, região cátara.
Todas as fontes para esse texto são do livro "O Santo Graal e a linhagem Sagrada"* e a revista "A história especial dos Cátaros":


Escute a música "Montségur" da banda Iron Maiden:

 

*Eu recomendo esse livro apenas na parte do conteúdo histórico da Cruzada Albigiense, pois ele leva para o lado de teorias conspiratórias muito heréticas e apenas confundem a cabeça do Cristão sem estudo e com fé fraca (eles falam que Jesus teve filhos e que os Càtaros conservavam a linhagem de Cristo).

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