sábado, 10 de fevereiro de 2018

Mais sobre a "Moral Judaico Cristã"

Leia o primeiro texto sobre o assunto: https://auroranacionalista.blogspot.com.br/2018/01/moral-judaico-crista.html




Com muita frequência o termo "judaico-cristão" é vendido como sendo representante do sistema de crenças dos fundadores da América, porém, veio a ser propagado midiaticamente apenas em meados do séc. XIX. Apareceu nas edições de 1899 e 1910 do dicionário de Oxford. Não curiosamente, nesse período começa a disseminação da ideologia sionista pelo Ocidente, especialmente através daqueles que são designados como “cristãos sionistas”, ou seja, protestantes neopentecostais que utilizam a ‘sola scriptura’ bíblica para mesclar judaísmo e cristianismo.

O termo foi ganhando popularidade, especialmente nas décadas de 1920 e 1930, sendo promovido por políticos liberais, e desembocou na ‘Conferência Nacional de Cristãos e Judeus’, quando afastaram a retórica – até então vigente – de que os EUA era um país essencialmente cristão, para expressar uma ideia mais abrangente, que pudesse atrelá-lo aos interesses sionistas.

Em 1939 o termo reapareceu na revista ‘New English Weekly’. Nos anos 1940 o termo ganha sua implicação atual, a de um sistema comum de valores e moral compartilhado, sendo reforçado com a fundação do Estado de Israel em 1948. O presidente Eisenhower tornou o conceito um termo comum quando ele conectou-o com os “Pais Fundadores” em um discurso de 1952, no qual afirmou:

“'Todos os homens são dotados pelo seu Criador'. Em outras palavras, nossa forma de governo não tem sentido a menos que ele seja fundamentado em uma fé religiosa profunda, e não me importo qual seja ela. Entre nós, é claro, é o conceito judaico-cristão, mas pode ser uma religião onde todos os homens sejam criados iguais”.

Os “cristãos sionistas” utilizam exaustivamente o termo “judaico-cristão”, especialmente os adeptos da ideologia neoconservadora, ligada ao partido republicano e ao Tea Party e demais “think thanks” norte-americanos. Atualmente, Mike Pence, vice de Trump, se impõe como um cristão sionista de marca maior. O objetivo essencial desses agentes é fazer com que os EUA apoiem incondicionalmente os interesses do estado de Israel e lutem por eles, ainda que os sionistas violem constantemente tanto os acordos internacionais firmados como a dignidade de outros povos.


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